Como tem sido rotina nos últimos tempos, chega o final do dia e com ele, a minha caminhada diária. Devo admitir que é o momento do dia pelo qual mais anseio. Não tem nada a ver com o facto de "manter a linha". Longe disso. É mais como um momento de introspecção.
Espero sempre pelo pôr-do-sol. Desconheço a razão pela qual o faço. Apenas sei que o silêncio da noite faz-me bem.
Sempre fui do tipo de pessoa que traça os seus objectivos. Que tenta tomar rédea da vida, planeando, minuciosamente, cada momento. Pessoas como eu, não sabem como agir quando as rédeas escapam das mãos.
Habituei a mim mesmo a não falhar, até esquecer, totalmente, a sensação de fracassar. Exigi o meu máximo. Ultrapassei os meus limites. Levei-me ao extremo. Talvez seja por isso que me custa tanto. Saber que falhei. Que desapontei algumas pessoas... que perderam o orgulho que sentiam por mim. Talvez fosse um fardo menos pesado de carregar se o dividi-se com alguém. Mas sinto a necessidade de atravessar este caminho sozinho. Para restaurar o orgulho, as forças e as minhas esperanças.
Sinto-me como preso num coma profundo do qual anseio, desesperadamente, acordar. E sei que aos poucos o estou a conseguir.
Esboço um sorriso, agradecido pelo facto de não estar a chover.
Reparo na Lua. Não resisto em fazer uma analogia.
Talvez seja como ela. Tem momentos em que fica, completamente, absorvida na escuridão. Ninguém a vê, mas ela está lá. E tem outros, em que reaparece, com todo o seu fulgor. Exactamente, como eu. Por mais envolvido que esteja nas sombras, irei permanecer no mesmo lugar. Firme e determinado. Porque sei que, independentemente, do que aconteça, tudo tem um fim. Até a tristeza.
A vida ensinou-me que trabalha de forma cíclica. E por isso, agora, eu danço com ela.
Regresso a casa e tomo um bom banho quente. Esfrego, freneticamente, a cabeça bem como o resto do corpo. A água, a sujidade e o suor desaparecem, mal entram no ralo. O fracasso, a tristeza e a desilusão, esses... bem... permanecem. Mas a esperança nunca acaba.
Espero sempre pelo pôr-do-sol. Desconheço a razão pela qual o faço. Apenas sei que o silêncio da noite faz-me bem.
Sempre fui do tipo de pessoa que traça os seus objectivos. Que tenta tomar rédea da vida, planeando, minuciosamente, cada momento. Pessoas como eu, não sabem como agir quando as rédeas escapam das mãos.
Habituei a mim mesmo a não falhar, até esquecer, totalmente, a sensação de fracassar. Exigi o meu máximo. Ultrapassei os meus limites. Levei-me ao extremo. Talvez seja por isso que me custa tanto. Saber que falhei. Que desapontei algumas pessoas... que perderam o orgulho que sentiam por mim. Talvez fosse um fardo menos pesado de carregar se o dividi-se com alguém. Mas sinto a necessidade de atravessar este caminho sozinho. Para restaurar o orgulho, as forças e as minhas esperanças.
Sinto-me como preso num coma profundo do qual anseio, desesperadamente, acordar. E sei que aos poucos o estou a conseguir.
Esboço um sorriso, agradecido pelo facto de não estar a chover.
Reparo na Lua. Não resisto em fazer uma analogia.
Talvez seja como ela. Tem momentos em que fica, completamente, absorvida na escuridão. Ninguém a vê, mas ela está lá. E tem outros, em que reaparece, com todo o seu fulgor. Exactamente, como eu. Por mais envolvido que esteja nas sombras, irei permanecer no mesmo lugar. Firme e determinado. Porque sei que, independentemente, do que aconteça, tudo tem um fim. Até a tristeza.
A vida ensinou-me que trabalha de forma cíclica. E por isso, agora, eu danço com ela.
Regresso a casa e tomo um bom banho quente. Esfrego, freneticamente, a cabeça bem como o resto do corpo. A água, a sujidade e o suor desaparecem, mal entram no ralo. O fracasso, a tristeza e a desilusão, esses... bem... permanecem. Mas a esperança nunca acaba.