terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sonho VS Realidade

Ontem o cansaço apoderou-se do meu corpo e, rapidamente, perdi a consciência. Caí num sono profundo.
Pela primeira vezes em meses, sonhei. As imagens eram bastante nítidas tal como as emoções que senti. Percorri vários locais. Nenhum imaginário. Todos reais. Tal e qual uma viagem ao passado. Encontrei várias caras conhecidas, mas uma em particular, despertou-me a atenção. Já não via a sua expressão há muito tempo, por infelicidade minha. Esse sonho durou a noite toda, mas foi como se tivesse passado apenas alguns minutos. Dei por mim, estendido de barriga para o ar, na cama, tal e qual um cadáver, olhando para o tecto, branco, de pintura gasta. Encontrei-me entre o limiar sonho/realidade. Aquele limiar em que já estamos acordados mas ainda julgamos que o sonho é real. Durou apenas alguns segundos. Surgiu a dor. Não consigo descrever essa dor muito honestamente. Apenas sei que não era física, mas sim psicológica. Nenhuma laceração, nem sequer uma contusão ou uma queimadura. Mas a dor residia. Permaneci imóvel, com receio de me mover. Agora com os olhos abertos, os detalhes do sonho começam a desaparecer. Já não me recordo de todos os locais onde estive nem de todas as pessoas que encontrei mas da sua recordo-me perfeitamente. Não me lembro da última vez que a vi. O meu maior receio é que com o tempo comece a esquecer dos detalhes que a constituem. Que perca a imagem mental que tenho dela. Que me lembre apenas do seu nome, das suas acções, mas sem qualquer imagem.
Tenho esperança que um dia nos tornemos a ver. Pelo menos para me despedir, já que não tive essa oportunidade.
No meio de tudo isto, só tenho uma certeza: O tecto do meu quarto precisa de ser pintado.




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